SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA: Nas Sagradas Escrituras, Deus se revela.

Desde 1971, a Igreja no Brasil propõe um tempo privilegiado para aprofundar o estudo de um tema ou de um livro da Bíblia. Neste ano de 2022, quando o Brasil comemora 200 anos de sua independência, é proposto o Livro de Josué, sucessor de Moisés na entrada dos hebreus na Terra prometida, conquistando seu território, sua independência. E o lema desse mês de Bíblia 2022 é: "O Senhor teu Deus está contigo por onde quer que andes" (Js 1,9).


Nós chamamos a Bíblia de Livro, mas seria mais apropriado chamarmos de livros, pois a palavra biblos, em grego, significa “livro”; bíblia é seu plural, e significa “livros”. Também a chamamos escritura pois a Bíblia é a palavra de Deus escrita, esse mesmo Deus que se revela na natureza, nas coisas por Ele criadas, como vemos no Salmo 18, versículo 2: "Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. Também Paulo, escrevendo aos Romanos, ensina: "Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu eterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras” (Rm 1,20).


Setembro, o mês que no Brasil nos alegramos com a chegada da Primavera, onde as obras do Senhor se manifestam em seu esplendor, celebramos o mês da Bíblia. É Deus o seu autor, um Deus que se revela para a humanidade, por meio de muitas pessoas que creram e se relacionaram com ele, pessoas que sentiram a necessidade de transmitir essa mensagem aos outros, e que escreveram a palavra de Deus, todo seu carinho e amor, em linguagem humana.


Sobre a Bíblia, esse conjunto de 73 livros escritos em lugares diferentes, em diferentes épocas e por muitas pessoas,  assim se refere a Constituição Dei Verbum: “As palavras de Deus, expressas em línguas humanas, tornaram-se intimamente semelhantes à linguagem humana, como já o Verbo Eterno do Pai, tomando a fraqueza da carne humana, se tornou semelhante aos homens” (DV 13).


Ao celebrar o mês da Bíblia, elevemos a nosso Deus, Pai amoroso que se dirige a nós como amigos, nosso louvor e agradecimento, pela vida de tantas pessoas que no decorrer da história contribuíram para a formação do nosso Livro Sagrado: profetas, sacerdotes, legisladores, historiadores, mestres e cantores, reis e salmistas, apóstolos e evangelistas, sábios e catequistas, missionários e liturgistas, pais e mães. 


Quando lemos as Escrituras, quando ouvimos as leituras bíblicas, temos diante de nós uma obra fascinante. Leiamos e estudemos a Bíblia! Busquemos nela sempre a verdade, pois ela é a palavra revelada de Deus, escrita por pessoas de fé e preservada pela Igreja por 20 séculos. E para nós católicos, ensina o Catecismo, no n. 51, “Aprouve a Deus na sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade, segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tornam participantes da natureza divina. Em virtude desta revelação, Deus invisível, na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele”.


Diácono Edilson da Costa

 
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