DIA DE FINADOS: CREIO NA COMUNHÃO DOS SANTOS!

Nossa Igreja, como Mãe amorosa e Mestra dedicada, em relação a seus filhos os quer a todos reunidos em num único abraço. Por isso ensina que devemos rezar pelos mortos, como pelos vivos, pois eles também vivem no Senhor. É por isso que podemos afirmar:  o amor materno da Igreja é mais forte que a morte: “Eu sei que o meu redentor está vivo, e que se levantará sobre a terra (Jó 19, 25), exclama Jó em meio à sua dor e tormento.


A Igreja sempre foi fiel à memória dos mortos, pois a esperança cristã fundamenta-se nas Escrituras e na bondade e misericórdia do Pai. Acabar, tornar-se apenas pó da terra, esse não é no destino final do ser humano: seu destino, após passar pela escuridão da morte, é chegar à visão de Deus.


Se seguirmos o ensinamento do apóstolo Paulo, veremos que ele apresenta a morte-ressurreição de Jesus em uma sucessão que não pode ser separada. E os discípulos são chamados à mesma experiência: ainda que sua existência carregue dores, são guiados pelo Espírito do Ressuscitado. Por esta razão, os fiéis rezam por seus entes queridos falecidos e confiam em sua intercessão. Confiantes aguardam o momento de juntar-se a eles no céu para elevar louvores à glória de Deus.


Nós cristãos, em nossa  profissão de fé afirmamos: "Creio na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos"; e por "comunhão de santos" a Igreja compreende a comunhão de todos os fiéis, tanto aqueles que ainda caminham na terra quanto aqueles que já partiram, e estão no Paraíso ou no Purgatório. Nesta comunhão acontece o fluir da Graça, a ajuda mútua, a unidade da fé, a realização do amor.


Podemos então dizer que, da comunhão de santos nasce o intercâmbio de ajuda recíproca entre os fiéis da terra e aqueles que vivem na vida após a morte e por isso, as comunidades expressam esse sentimento de esperança cristã. No chamado “Dia de finados” onde se comemora todos os fiéis defuntos, é costume ir até o cemitério para elevar orações a Deus junto aos túmulos. Assim, em muitos lugares a Igreja promove celebrações e bênçãos, pois conforme nos ensina as Escrituras, no Livro de 2 Macabeus 12, 43-44, Judas  "organizou numa coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados. Belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição! Pois, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles."


Celebremos não com tristeza mas com esperança, nossos entes queridos que já partiram. Essa esperança nos fortalece nessa caminhada, até que um dia, todos estejamos reunidos na casa do Pai.


Texto: Diácono Edilson da Costa

 
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