Uma nova forma de entender as relações - 13/02/2019
Caros irmãos e irmãs, devotos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: Inseridos no contexto desta novena, neste tempo de aprofundamento da fé, destaca-se nesta quarta-feira, no Evangelho (Mc 7,14-23) que nos foi proposto, a questão da alimentação e o órgão onde se inicia o processo digestivo: a nossa boca, que pode ser fonte de vida ou de morte. A Lei de Moisés, inspirada por Deus para a libertação, quando o povo fazia sua experiência de travessia no deserto, tinha muitas normas de segurança e preservação da saúde, como também a questão dos alimentos impuros que poderiam contaminar as pessoas. Toda essa preocupação com a contaminação, algo simples, como parte do dia a dia, tornou-se excessivamente motivo de exclusão religiosa e opressão dos pobres. Esse conflito se traduziu concretamente no confronto da atividade de Jesus com a sociedade do seu tempo. Dessa forma, Jesus deixa claro que não é o que o ser humano come ou bebe que o torna impuro. “Escutai todos e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Marcos 7,14-16). Enfrentando com rigor a questão fundamental da alimentação que excluía o ser humano, o Senhor purifica o coração. Põe como exigência, nascida do amor ao Deus da Vida, um sopro capaz de habitar e renovar de maneira fecunda a nossa relação com o outro. Assim, a atividade de Jesus é o anúncio e a concretização da vinda do Reino de Deus (Mc 1,15). Manifesta-se pela transformação radical das relações humanas, onde a exclusão é substituída pelo serviço e a opressão pela capacidade de cumprimento do amor, que ilumina o verdadeiro sentido da vida das pessoas. Nessa nova forma de entender as relações de poder, o amor torna-se comunhão,  por graça e plenitude em Jesus.  Redesenha, molda e estrutura a pessoa humana. Que a Mãe do Senhor, venerada entre nós como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, interceda pelo nosso peregrinar diário. Missionário Redentorista Padre Francisco Santos Lima
 
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