Queridos devotos e
queridas devotas da Mãe do Perpétuo Socorro, a liturgia desta quarta-feira nos
desperta para seguir a vontade do Pai e a esperar em seu tempo. Isso as vezes
pode irritar nosso coração e até mesmo esfriar nossa fé, mas é aí que temos que
levantar a cabeça e seguir ainda mais firme, para sermos chamado servo bom e
fiel.
Lucas, no Evangelho que
acabamos de ouvir, relata a parábola do homem que saiu para ser coroado rei.
Temos que dar um destaque para essa situação, pois o povo de onde ele
governaria, não o aceitaram como rei, é o rei renegado. No entanto, mesmo assim
o homem foi coroado e voltou ao povoado como rei. Vimos que ao sair deixou seus
bens aos cuidados de alguns servos, Lucas nos faz crer que o homem queria
testar a confiança de seus servos. Para a surpresa deles, além de testar sua
confiança ainda lhe dá a recompensa conforme sua confiança. Todos recebem a
quantidade de 100 moedas. Mas o retorno é diferente, um retorna com dez vezes
mais, e sua recompensa é o governo de dez cidades; outro retorna com cinco
vezes mais e sua recompensa é o governo de cinco cidades. O último que o
Evangelho nos conta não lucra nada ao rei, este é chamado de servo mal e
preguiçoso, pois não deu atenção à palavra do patrão quando disse busque
negociar e lucrar o que é meu. A este também foi dado a sua recompensa, a
morte. Vejamos: o rei compreende a situação de cada um dos seus servos, ele se
gloria com o que lucrou dez vezes mais, igualmente ele o faz com o que lucrou
cinco vezes mais. O que não é aceitável ao rei é deixar-se levar pelo medo,
sabendo que és “um rei severo, que recebe o que não deste e colhes o que não
plantas”, e esconde as moedas, os talentos, os bens deixados ao seu cuidado. O
bom discípulo, na ausência do mestre arrisca o que adquiriu, negocia e dá bons
frutos. O mal discípulo deixa-se que o medo o domine, ignora as palavras do
mestre e acaba dando prejuízos.
Queridos irmãos e
queridas irmãs, esse rei que faz essa viagem para longe é Jesus, os servos
somos cada um de nós. Perguntemo-nos, quanto de seus bens o rei deixou aos meus
cuidados? Qual o talento ficou sob minha administração? Quantas moedas do
Senhor estão em minhas mãos? Continuemos perguntando-nos, quanto dos bens que a
mim se confiou eu já lucrei? Quais talentos eu tenho colocado à disposição da
administração a mim confiada? Quantos frutos já estou eu lançando com o as
moedas adquiridas? O Rei volta! Qual será a minha recompensa? Peçamos irmãos e
irmãs que a Mãe do Perpétuo Socorro interceda por cada um de nós para vencermos
nossos medos e preconceitos e usufruamos da vida que o Senhor nos dá para um
dia merecermos nossa recompensa. Mãe do Perpétuo Socorro! Rogai por nós.
missionário Redentorista, Diácono Cleverton Marques