Queridos irmãos e irmãs, estamos chegando ao fim do período quaresmal, no qual temos sido convidados a repensar nossas atitudes a luz dos ensinamentos de Cristo. Seguindo esse caminho, no Evangelho de hoje somos apresentados a incredulidade dos fariseus, que cegos de orgulho e vaidade, não conseguiram ver a grande verdade diante dos seus olhos: Jesus Cristo.

Os fariseus não puderam entender a verdade de Jesus, pois, não se permitiram conhecê-lo e assim não puderam acolhê-lo. Em todas as ocasiões em que tiveram a oportunidade de encontrar-se com Ele, preferiram olhá-lo através de suas próprias lentes distorcidas por suas próprias convicções e certezas. Eles não tiveram a humildade e a abertura necessária para entenderem quem era Jesus. Preferiram se fechar em suas crenças e atacá-lo, afinal, é mais fácil julgar o desconhecido do que tentar compreendê-lo.

Através do exemplo dos fariseus, somos ensinados que a liberdade está associada a verdade, e que para termos acesso a essa verdade necessitamos, não de conhecimento, mas de um encontro pessoal com Jesus, e isso demanda certo despojamento de tudo aquilo que achamos que sabemos, pois como afirma São Paulo na primeira carta aos Coríntios “Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios”.

Sem um verdadeiro desprendimento dificilmente alcançaremos uma verdadeira liberdade, pois, estamos sujeitos a muitas formas sutis de escravidão, sendo as piores aquelas que brotam de dentro de nós e alimentam nossas tendências negativas. Essas escravidões são as piores porque aparecem muitas vezes travestidas de qualidades. A prepotência pode ser disfarçada por sabedoria, a humildade pode muitas vezes esconder a soberba, e a disponibilidade pode mascarar o egoísmo e o desejo de se sobrepor aos outros, deste modo, acabamos nos enganando, porque pensamos que estamos fazendo a vontade de Deus, quando na verdade, estamos cedendo apenas aos nossos anseios. Somente conhecendo a Cristo que é a verdade e permanecendo unidos a Ele é que podemos vencer o nosso egoísmo e sermos verdadeiramente livres.

 

Mãe do Perpétuo Socorro. Rogai por nós!

 

Missionário Redentorista, Ir. Alberto Malheiros Junior

 
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