O Evangelho de hoje é
tocante em vários sentidos. Primeiro não foi uma judia que procurou Jesus, mas
uma mulher estrangeira que os judeus em geral desprezavam. Ela começou a gritar
pedindo uma cura de sua filha seriamente doente. Ela não desanimou em sua fé. Mas
anotem os verbos que seguem para descrever a atitude dessa mulher pagã: aproximou-se de Jesus sem medo e com esperança; prostrou-se diante Dele que foi um sinal que ela reconheceu que
ele era um homem santo, e finalmente repetiu com coragem seu pedido; ela implorou e ela não desistiu.
Cristo testou a fé
dessa mulher dizendo que ele não pode atendê-la porque não é bom curar os estrangeiros
tirando o pão dos filhos judeus dando esse dom aos cachorrinhos, apelido usado
pelos Judeus para desprezar os estrangeiros. E a mulher com até mais coragem e
fé disse a Jesus que até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa
dos donos.
Esse ato de fé
simplesmente acabou com Jesus que reconheceu a força e a insistência da fé
dessa mulher que ele não achou entre os judeus. E Jesus declarou diante de seus
discípulos e da mulher: “Mulher grande é a tua fé. Seja feito como tu queres”.
E a filha ficou curada graças a fé de sua mãe.
A vida cristã carrega
muitos problemas e dificuldades. Quando eles vêm devemos assumir a atitude
dessa mãe estrangeira: aproxime-se de Jesus, prostre-se
diante Dele; implore
com fé; não desista!
O milagre de uma
maneira ou outra vai acontecer. Que essa mulher corajosa interceda por nós em
nossas angústias nesse tempo difícil
do coronavírus. Mãe do Perpetuo
Socorro, rogai por nós.
Missionário redentorista, Pe. Lourenço Kearns